segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Ironias, Parte I

Quão Irónico.`
Frequento uma secundária na qual todos os anos existem eleições para a Assossição de Estudantes, até aqui tudo bem, a parte da propaganda é que atingia o ridiculo. Ideias ? ora essa, que estupidez, o que interessava era ter os miudos mais giros e populares e as miudas mais atraentes a dançar em cima de palcos improvisados, enfim, um bordel diurno em pleno local de ensino, situação com a qual a direcção da escola compactuava.
Aparentemente este ano não será assim, e saúdo essa decisão, que nem deveria de ser necessário tomar, caso houvese entre a juventude um pouco de bom senso e alguma noção do que são umas eleições.
Bem, dito isto, chego agora ao propósito desta crónica. Se na secundária que frequento a balburdia, a confusão e a ridiculariedade foram banidas das campanhas eleitorais, quer-me parecer que os politicos e os partidos "a sério" quiseram trazer esses métodos de campanha para as eleições autárquicas que se avizinham. Ora são camiões com musica ( de deplorável qualidade ) num volume quase insuportável, com pessoas, que não se devem aperceber da estupidez do acto que estão a fazer, a dançar em cima desses mesmo camiões, ora são maratonas de DJ's planeadas e financiadas pelos partidos, ora são lanches convivio ...
Dizem que a culpa no não-desenvolvimento cultural do nosso país, é dos jovens, e dos seu comportamentos pouco dignos, do seu desinteresse por tudo o que envolve seriedade. Talvez. Mas eu pergunto, onde está a seriedade, onde estão as ideias ? Quando é que os politicos vão deixar de tratar as pessoas como lixo que só serve para lhes dar a vida a ganhar de 4 em 4 anos ? Quando deixarão de tratar as pessoas como se fossem uma cambada de incultos em qualquer bagagem cultural ? SImples. QUando as pessoas não mais o permitirem, quando deixarem de agir como macaquinhos amestrados daqueles cuja vida lhes permitiu ir mais longe nos estudos, apesar de serem tão ou mais ignóbeis que o comum dos mortais.
Tudos isto para dizer, agora que por fim a juventude, se bem que forçada, parece começar a ter um comportamento mais aceitável, mais digno, os "adultos", aqueles que deviam servir de exemplo, resolveram tornar esta campanha eleitoral, um dos actos mais sérios de uma républica, numa brincadeira ridicula e inútil para o cidadão que apenas queria estar bem informado sobre as politicas de quem concorre.
Quão irónico.

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