domingo, 8 de julho de 2012

Licenciatura? Vou só ali e já volto...

Olá, estão bonzinhos? Volto para retomar a um tema extremamente interessante ou pelo menos parece…Então parece que o ministro-adjunto, Miguel Relvas, tirou o curso em apenas um ano! Muito se tem falado, muito se tem criticado, mas sinceramente acho que as críticas têm sido injustas. Deveríamos estar a elogiar e a valorizar o excelente esforço do ministro, então não é que como trabalhador-estudante o ministro consegue tirar um curso de 32 cadeiras, tendo equivalência a 28 cadeiras, tendo de fazer apenas 4 exames!! É o problema do nosso país, não damos valor aos nossos cérebros e depois eles têm de abrir empresas em Angola ou irem para ministros, ou então fazerem as duas coisas, serem ministros para conseguirem abrir empresas em Angola. Está visto há muito tempo que não damos o devido valor aos políticos portugueses, dizemos que não trabalham, que roubam, mas não há criticas mais injustas que estas, então nós chegamos ao excelente exemplo de um ex-governante nosso abdicar de um Domingo espectacular para ir fazer um exame à Universidade Independente só para ser engenheiro! Ó mano Relvas - vou começar a tratá-lo assim, acho que não preciso de lhe chamar doutor, porque a bem dizer ele é quase meu colega, até acho que tenho mais anos de escola do que ele – tenho a dirigir-te uma palavra de apreço, pois conseguiste desmistificar o processo de Bolonha, sim, é que diziam para aí as más línguas que o processo de Bolonha era facilitista e que não formava devidamente os alunos, mas tu caro amigo és a prova provada que isso é completamente mentira…A segunda ideia que vieste esclarecer é que para chegar longe não são precisas altas médias, a partir de hoje quando os meus pais disserem “filho, tens uma média tão baixa”, eu posso sempre responder “caramba, eu tenho média de 12*, se o Relvas com 11 chegou a ministro e a presidente de várias empresas angolanas, então eu posso ser o próximo Bill Gates ou o Steve Jobs”.Caro amigo, foste a solução para os meus principais problemas académicos! Ultimamente os jornalistas têm martirizado o pobre Relvas, andam à procura dos ex-professores, dos exames, das amigas e dos copianços, o que para mim é claramente abusador e vão obrigar o ministro a abrir os cordões à bolsa para que os professores e amigos tenham uma pequenina crise amnésica ou pelo menos vão receber uma chamada inocente onde lhes é pedido silêncio ou as fotos da última festa da Universidade Lusófona – único dia em que pôs lá os pés – irão parar à net e todos terão a sua vida devastada! E agora ai de quem me venha dizer que Portugal não é um país onde a classe política se pauta pelo principio da transparência e da democracia!Licenciatura?Vou só ali e já volto... *a minha média é meramente exemplificativa e se não for faz de conta que é…melhorarei se tirar o curso de medicina num ano, é que tenho vasta experiência em ver “Dr.House” Beijos e Abraços

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O Carnaval já chegou…

Estranho dizer que o Carnaval já chegou se o dia de Carnaval apenas é no dia 21 de Fevereiro, mas a verdade é que o Carnaval já chegou a Portugal e posso dizer-vos que no nosso país existe Carnaval mais de uma vez por mês, posso afirmar mais, Portugal tem um Carnaval todos os dias!
Um dos Carnavais a que me refiro é o da Assembleia da República, onde em qualquer reunião há festa e brincadeira, mas o seu auge é nos tão míticos “Debates Quinzenais”, debates esses que devem ser os mais importantes até pela regularidade que são efectuados e pela presença do primeiro-ministro.
Começa o debate aí pelas 10 horas, porque tem de se ter tempo de o preparar entre as 9 e as 10, sim, só pode ser preparado em uma hora, pois a qualidade do mesmo é igual aos trabalhos de casa que eu fazia em cima do joelho quando andava no quinto ano de escolaridade! Da esquerda à direito as perguntas são as mesmas, mas claro variando quem as coloca dependendo da cor política que estiver no Governo. Aqui começa o Carnaval! Temos depois uns partidos que estão em euforia e brincadeira durante todos os debates desde há muitos anos, pois podem dizer o que quiserem, inventarem, dizerem piadas, elaborar a mais bela demagogia, pois sabem que nunca serão PODER e por isso ninguém os poderá confrontar com aquilo que defendem e os resultados que daí surgiriam pela aplicação das suas ideias vanguardistas e milagrosas. Estes têm a máscara de Bobos da Corte, que não me incomodava se estivessem no Carnaval do Rio ou num qualquer circo, agora fazerem-no utilizando da legitimidade que lhes foi dada pelos votos do POVO, POVO que vota para ver discutidos os seus problemas e não paródia e má educação de toda a gama de doutores que se juntam num plenário para lerem revistas, irem ao facebook, twitter e só quando não tiverem nada para fazer é que pode ser que discutam os reais problemas do país e da sociedade!
Seguem-se os chamados partidos do poder, aqueles que andam sempre a alternar entre as cadeiras de deputados e as cadeiras de ministros, ora sou ministro, ora sou deputado, ora sou ministro, ora sou gestor de uma empresa de construção civil e pura coincidência é que o gestor era ministro das obras públicas…ups! Nestes vemos as máscara de Robin dos Bosques, mas neste caso não roubam para os pobres, roubam é para si próprios!
Qual a solução? Deixar de votar? Não, deixar de votar não nos leva a lado nenhum, deixar de votar torna-nos cúmplices do estado do nosso país, deixar de votar tira-nos a legitimidade de criticar-mos os governantes que passam, até podemos dizer mal de todos, afinal não elegemos nenhum! O nosso papel como cidadãos não é apenas dizer “isto está mau”, “os políticos são uns ladrões”, “a crise, a crise”, independentemente de muitas destas afirmações serem verdade o nosso papel vai no sentido de termos iniciativa, todos temos o direito de apresentar propostas, obrigar a Assembleia a discuti-las, a realizar-mos debates, a chegar-mos a um fundo de consenso entre todas as ideias por mais opostas que possam ser, pois é este sentido de diálogo e de responsabilidade que deveria caracterizar a vida política nacional! Qual o problemas destas soluções que defendo? Dão trabalho! Sim, dão muito trabalho e muito bom português prefere dizer no café ou ao jantar tudo aquilo que está mal, mas é incapaz de tomar iniciativa, tirando uma ou outra greve e manifestação de puro insulto, mascaradas de campanha eleitoral dos tais partidos que nunca chegarão ao poder! Nós os cidadãos comuns, andamos mascarados de Homens Invisíveis, só perdendo este poder de invisibilidade quando nos “vão ao bolso”.
Podemos por fim dizer, que Portugal vive um Carnaval anual e no futuro poderemos
passar a ser chamados de “O País Mascarado”!

Beijos e Abraços